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Anselm Grün, em “Bento de Núrsia – Mestre da Espiritualidade”
O coração grande é uma condição para a experiência da vida verdadeira. A outra marca é a alegria indizível do amor. Em latim está escrito: “inenarrabili dilectionis dulcedine = a indescritível doçura do amor.” (…)
“Dulcedo” é para os latinos o mesmo que o amor. O amor é doce. Tem um sabor doce. Os latinos sabiam que o amor ao homem empresta outro sabor, ao contrário do ódio que faz o homem amargo. Para os latinos, a sabedoria está no sabor (Sapientia). Quem saboreia a essência, é sábio. Quem ama sente um sabor doce e agradável, um sabor amoroso. Quem ama saboreia a vida.
Na tradição espiritual, a “dulcedo Dei = A doçura de Deus” desempenha um papel importante. A experiência de Deus deixa no homem um sabor doce. A «dulcedo Dei» relaciona-se sempre com a experiência interior de Deus nos próprios corações.
Deus não é o sentimento. Mas deixa os seus vestígios no sentimento. Não conseguimos ver Deus, mas podemos saboreá-lo. O sabor doce é a experiência mais profunda de Deus que nos é possível.
Para o papa São Gregório Magno, a doçura interior é fruto da contemplação. Ele diz que a alma não existe sem alegria. A alegria indestrutível é a alegria espiritual. Na contemplação, a alma é penetrada por uma doçura inenarrável. São Bento entende esta doçura da experiência de Deus, quando se refere à inenarrável “dulcedo” do amor.
Anselm Grün, em “Bento de Núrsia – Mestre da Espiritualidade”
Quando perdemos de vista o elemento central da santidade cristã, que é o amor, e quando esquecemos que o caminho para cumprir o mandamento cristão do amor não é algo de remoto e esotérico, mas sim algo que está imediatamente diante de nós, então a vida cristã torna-se complicada e muito confusa. Perde a simplicidade e a unidade que Cristo lhe deu no seu evangelho, e torna-se um labirinto de preceitos sem conexão, conselhos, princípios ascéticos, casos morais e até detalhes técnicos legais e rituais. Estas coisas tornam-se difíceis de entender, na medida em que perdem a sua conexão com a caridade que as une e lhes dá uma orientação para Cristo.
Thomas Merton, em “Vida e Santidade”